
"Quanto ao rumor que por aí anda sobre a escrita de uma letra para uma das cantigas concorrentes ao Festival da Canção, eis a história verdadeira: o compositor e produtor Renato Júnior desafiou-me para escrever uma letra para ser interpretada pelo Ricardo Soler, finalista da Operação Triunfo e senhor de capacidades vocais raiando o sobrenatural, numa das canções do festival. Ora, as letras que até agora escrevi na minha vida foram para efeitos de comédia (boa parte delas pode ser confirmada nos episódios de Paraíso Filmes), mas num ano de primeiras experiências (como dançar o tango em frente a muitas pessoas ou correr todo nu no meu quintal envergando nada mais do que um barrete de campino), achei que devia pôr a render o meu vastíssimo conhecimento de canções pop e tentar escrever a letra para uma. Qual o assunto? Precisamente: as canções pop. A maneira como, em três minutos, conseguem encerrar o sentido da nossa existência, sobretudo em dadas alturas da vida, quando todas as canções que se ouvem - na rádio, na televisão, nos altifalantes do supermercado - parecem ser uma banda sonora para aquilo por que estamos a passar.
O meu universo musical não podia estar mais afastado do universo do Festival da Canção, mas há qualquer coisa de sedutor (e não, não é o dinheiro) em criar uma letra para um certame por onde já passaram hits históricos do calibre de Tourada, Play Back, E Depois do Adeus, Bem Bom ou, sim, Conquistador. Agradou-me também a ideia de escrever qualquer coisa para uma melodia extremamente afunkalhada do Renato e para a potência vocal do Ricardo. Fui eu que, numa das edições da Operação Triunfo, disse que ele era capaz de dar dignidade à lista telefónica de Lisboa-Cidade se a desatasse a cantar, e esse pensamento tranquilizava a minha insegurança perante a eventualidade da minha letra ser muito, muito má.
Perante o convite, convoquei a minha amiga, letrista com alguma experiência, Maria de Vasconcelos, para me ajudar a encaixar na canção todas as ideias que eu tinha sobre o efeito das canções pop na vida de uma pessoa. Estivemos os dois umas boas tardes em brainstorm via Messenger (nada pára a modernidade, de facto) e criámos algo que tive o prazer de ouvir ontem - em mp3 - já cantado pelo Ricardo. E o Ricardo, como seria de esperar, dá um show (mesmo em maquete) que anda ali por territórios algures entre Maroon 5 e Stevie Wonder.
Vamos lá ver o que isto vai dar. Mas em resposta à questão que já andava algures por aqui: não, não faço tenções de ser letrista. Esta é daquelas experiências para arrumar na gaveta "Experimentar Pelo Menos Uma Vez na Vida". No fundo, como a história da nudez e do barrete de campino."
Fonte: havidaemmarkl
O meu universo musical não podia estar mais afastado do universo do Festival da Canção, mas há qualquer coisa de sedutor (e não, não é o dinheiro) em criar uma letra para um certame por onde já passaram hits históricos do calibre de Tourada, Play Back, E Depois do Adeus, Bem Bom ou, sim, Conquistador. Agradou-me também a ideia de escrever qualquer coisa para uma melodia extremamente afunkalhada do Renato e para a potência vocal do Ricardo. Fui eu que, numa das edições da Operação Triunfo, disse que ele era capaz de dar dignidade à lista telefónica de Lisboa-Cidade se a desatasse a cantar, e esse pensamento tranquilizava a minha insegurança perante a eventualidade da minha letra ser muito, muito má.
Perante o convite, convoquei a minha amiga, letrista com alguma experiência, Maria de Vasconcelos, para me ajudar a encaixar na canção todas as ideias que eu tinha sobre o efeito das canções pop na vida de uma pessoa. Estivemos os dois umas boas tardes em brainstorm via Messenger (nada pára a modernidade, de facto) e criámos algo que tive o prazer de ouvir ontem - em mp3 - já cantado pelo Ricardo. E o Ricardo, como seria de esperar, dá um show (mesmo em maquete) que anda ali por territórios algures entre Maroon 5 e Stevie Wonder.
Vamos lá ver o que isto vai dar. Mas em resposta à questão que já andava algures por aqui: não, não faço tenções de ser letrista. Esta é daquelas experiências para arrumar na gaveta "Experimentar Pelo Menos Uma Vez na Vida". No fundo, como a história da nudez e do barrete de campino."
Fonte: havidaemmarkl

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